26.9.14

Percalço?



A questão do Citius é demasiado importante para ser abafada, na opinião pública, por novos episódios que, entretanto, agitam as mentes. Não só mas também pelo meu passado profissional, ligado às Tecnologias de Informação, tenho seguido o assunto de perto. No Público de hoje, Francisco Teixeira da Mota volta ao assunto. Alguns excertos:

«Infelizmente, receio que o voluntarismo da ministra não nos leve muito longe. Receio mesmo que estejamos a assistir a uma história muito mal contada e que os próximos episódios, por maiores que sejam os cuidados na escolha das palavras para os classificar, sejam de estarrecer. Receio que uma reforma judiciária cheia de potencialidades e que visava criar uma realidade judiciária moderna em que os tribunais finalmente começariam a prestar contas às populações, vá ficar marcada – ou acompanhada – para sempre por este gigantesco retrocesso informático.

Receio mesmo que não seja possível nos próximos meses (?) voltarmos a ter os processos a correr normalmente, tal como acontecia na plataforma Citius até ao dia 1 de Setembro. (...)

O trabalho de descredibilização da reforma judiciária e da classe política feito pela ministra da Justiça nestes últimos dias – deixo de lado os seus actores secundários imolados nos ecrãs televisivos – é algo de que um dia se virá – espero eu – a arrepender. A forma como fingiu que pedia desculpa entraria para o Guinness não fosse o facto de o seu colega da Educação, na mesma altura, ter conseguido no Parlamento ultrapassar estrondosamente a sua falta de arrependimento e humildade.»
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