20.9.14

Perdoemos-lhes porque não sabem o que fazem



«A semana foi diferente. Fofinha, vá. Dois ministros, dois, pediram absolvição por transtornos e outras trapalhadas da governação. (...)

Manda a sabedoria popular que as desculpas não se pedem, evitam-se. Determina a civilização que errar faz parte da natureza humana. Sabemos que pedir perdão é, em muitas circunstâncias – quase todas –, um acto de nobreza. (...) O erro ou o pecado são, portanto, naturais. Fazem parte do exercício de qualquer actividade, e o poder não é excepção. (...)

Em política, no entanto, é dos livros, a assunção de responsabilidades faz-se de outra maneira. Quando se falha, quando se transtorna a vida dos outros, quando se é incompetente a resolver problemas, sai-se. Mas, porque não houve grandeza em nada do que foi feito, resta-nos a humanidade de lhes perdoar, porque não sabem o que fazem.»

Nuno Saraiva
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