Garfunkel é quase indissociável de Paul Simon, naquele que foi um dos duos musicais, que mais significativamente marcaram a minha geração e não só. Faz hoje 73 anos (quase inacreditável, não?), este cantor americano, neto de judeus que emigraram para os Estados Unidos no início do século XX.
Conheceu Paul na escola, quando ambos participaram em «Alice no país das maravilhas», na festa de encerramento do 6º ano do ensino básico, e continuaram juntos até ao fim do Secundário.
Em 1963, apresentaram-se oficialmente como «Simon and Garfunkel», publicaram um primeiro álbum no ano seguinte, mas foi em 1965 que emergiram para o mundo com «The Sound of Silence». Continuaram juntos até 1970 e decidiram então seguir cada um o seu caminho, curiosamente depois do maior sucesso de sempre: «Bridge over Troubled Water».
Reapareceram episodicamente, como em 1981 no famosíssimo concerto no Central Park de Nova Iorque, numa série de espectáculos «Old Friends», em 2003 (nos EUA), seguida por uma outra, internacional, que culminou no Coliseu de Roma com 600.000 espectadores.
Art Garfunkel também gravou muito sozinho, mas é com Simon que o recordo sempre.
Old friends, / Sat on their park bench / Like bookends. / A newspaper blown through the grass / Falls on the 'round toes / On the high shoes / Of the old friends.
Old friends. / Winter companions, / The old men / Lost in their overcoats, / Waiting for the sunset. / The sounds of the city, / Sifting through trees, / Settle like dust / On the shoulders / Of the old friends.
Can you imagine us / Years from today, / Sharing a park bench quietly? / How terribly strange / To be seventy. / Old friends, / Memory brushes the same years, / Silently sharing the same fear...
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1 comments:
A acrimónia separou-os, o que é uma pena. Dos dois, Paul Simon foi sempre o grande criador e Garfunkel a voz (uma das mais belas). Curiosamente, passou há algum tempo na RTP um concerto de Garfunkel a solo no qual ele fazia alguns comentários entre as canções. Referiu-se então aos conflitos que o tinham separado de Paul Simon, considerando-o um chato e um picuinhas de primeira. Contudo, também o designou como (e cito) "um dos maiores escritores de canções de todos os tempos". E cantou várias delas, com a sua belíssima voz.
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