«No domingo, os gregos vão às urnas para escolher o próximo governo, com a possibilidade de a Coligação da Esquerda Radical (Syriza) de Alexis Tsipras, com intenções de voto de cerca de 30%, chegar ao poder.
A ascensão meteórica de um partido que há meia dúzia de anos convencia 5% do eleitorado evidencia o radicalismo das políticas que foram seguidas na Europa nos últimos anos, sob a batuta alemã e a complacência da Comissão Europeia. (...)
Se o Syriza chegar ao poder no domingo, então pela primeira vez na crise europeia teremos um choque de radicais. O que virá depois será com certeza interessante. E pode até ser positivo. É que, pelo menos do ponto de vista da política económica, defender uma reestruturação de dívida pública grega, como faz Alexis Tsipras, dificilmente é mais radical do que a proposta europeia de que o país gere excedentes primários superiores a 4% do PIB por várias décadas.» (O realce é meu.)
Rui Peres Jorge
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