«As eleições gregas vieram agitar as águas paradas do pântano europeu. A vitória do SYRIZA, que se propõe romper com as políticas da Troika, desafia a ideia dominante de que não existe alternativa ao empobrecimento generalizado e à austeridade infinita.
Os últimos dias revelaram a hostilidade de instituições e governos europeus relativamente à própria possibilidade de uma política que devolva um mínimo de esperança e dignidade a milhões de pessoas sem emprego e sem direitos, obrigadas a viver na rua ou às escuras, sujeitas à fome e privadas de cuidados médicos. Parece evidente que estão em jogo questões decisivas que ultrapassam o quadro nacional da Grécia.
O Governo português já se mostrou indisponível para qualquer esforço conjunto para reduzir o peso da dívida à escala europeia e encontrar soluções que permitam responder à catástrofe social em que vivemos. Orgulha-se mesmo de ter aplicado com sucesso medidas que empobreceram muitos e enriqueceram poucos, enquanto a dívida pública aumentou, o défice derrapou e o desemprego atingiu dimensões inéditas. Quando garante que Portugal não é a Grécia, espera que aceitemos com resignação o atual estado de coisas, como se fosse possível ignorar que acaba de se recusar na Grécia o que nos querem fazer engolir em Portugal.
Neste momento decisivo em que a resistência ganha novo alento, por toda a Europa se convocam manifestações em solidariedade com o povo grego e de repúdio pela arrogância e hostilidade reveladas pelas instituições europeias. É tempo de sair à rua e enviar um sinal claro de que estamos todos no mesmo barco e não aceitamos a miséria que nos querem impor. Porque a nossa luta é internacional, aqui e agora, somos todos gregos.»
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11 de Fevereiro de 2015
Vígilia em solidariedade com o povo grego e em repúdio pela arrogância e a hostilidade reveladas pelas instituições europeias
«Neste dia, realiza-se uma importante reunião do Eurogrupo, que irá definir a posição da zona euro em relação à renegociação da dívida grega.
Os últimos dias revelaram a hostilidade de instituições e governos europeus relativamente à própria possibilidade de uma política que devolva um mínimo de esperança e dignidade a milhões de pessoas sem emprego e sem direitos, obrigadas a viver na rua ou às escuras, sujeitas à fome e privadas de cuidados médicos.
Estão em jogo questões decisivas que ultrapassam o quadro nacional da Grécia.
É tempo de sair à rua e enviar um sinal claro de que estamos todos no mesmo barco e não aceitamos a miséria que nos querem impor. Porque a nossa luta é internacional, aqui e agora, somos todos gregos.»
Lisboa, 18:00
Representação da Comissão Europeia em Portugal
Largo Jean Monnet, 1 - 10º, 1269-068 Lisbon
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Porto 18:00
Praça Carlos Alberto, 4050 Porto
Evento Facebook
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