«Sabe-se, há muito, que há cinco escolas de pensamento marxista. A silenciosa e idiota, dirigida por Harpo. A ligeiramente criminosa, chefiada por Chico. A que vive em constante festa, de Gummo. A amigável, mas sem qualquer utilidade, de Zeppo. E a seca e fria, que dirige tudo, cujo líder é Groucho.
Qualquer destas correntes está presente no Governo. Onde, ao contrário do que se tem feito constar, não há uma ideologia liberal como bússola, mas antes se segue uma filosofia "selfie". Onde o que interessa são os interesses individuais e do grupo a que se pertence. Toda a "destruição criativa" impulsionada por este Governo segue a mesma lógica: estilhaçar o contrato social, colocar o país numa constante zaragata de todos contra todos e eliminar a ascensão social típica das sociedades democráticas.
Estamos a voltar ao mundo do amiguismo, do facilitismo, das familiaridades. Onde o único valor são os números e os resultados e não a formação real e a educação, a reflexão ou a cultura. Quando se vê o caos instalado pelo Ministério da Educação, o desinvestimento cultural, o triste deserto de ideias em que se transformou o país, a "reforma" está à vista. Por isso não surpreende que a presença na Expo'2015 fosse chumbada por oito milhões de euros, perdendo o país muito mais com a não presença. Mas nada admira num Governo inculto.»
Fernando Sobral
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