11.3.15

A política Tio Patinhas



«Num dia como qualquer outro o Tio Patinhas atirou um tostão para cima da pilha de moedas e notas que tinha na sua caixa-forte. Mas a carga já era tão grande que aquela pequena moeda fez com que o chão abatesse.

Com o tostão fatal, o desastre desencadeia-se. Quando Passos Coelho argumenta a sua distracção e falta de dinheiro, perante uma plateia de portugueses que é penhorada por uma alegada dívida à Segurança Social e tratada como delinquente, é porque entrou em decomposição.

Passos Coelho e o PSD podem achar que podem surfar esta onda com elegância, mas a moral do Governo ficou de rastos. Nenhum político pode argumentar o sucesso da sua política de austeridade radical quando se esqueceu de ser como os outros portugueses. (...)

Cavaco Silva errou ao vir aconchegar Passos Coelho, argumentando que tudo não passa de "lutas político-partidárias". Falso: o que o primeiro-ministro não fez a tempo é aquilo que exige, com a mão cega do poder, a quem não pode e muitas vezes é considerado culpado antes de qualquer prova, sem gentilezas da administração fiscal.

O que Cavaco Silva não percebeu foi que esta simples distracção faz ruir a caixa-forte ideológica deste Governo. O nevoeiro onde os que nos governam são diferentes dos comuns mortais mantém-se.»

Frenando Sobral
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1 comments:

Ricardo A disse...

E como os tugas só votam(na falta de um candidato independente,sério e capaz)nos que aparecem na tv,que são os "empurrados" pelos partidos...estaremos cá para ver no ano de 2016,isto se ainda existir Portugal(e o mundo) como o conhecemos claro.