«É pena os refugiados sírios ou líbios não ladrarem ou miarem em vez de falarem línguas incompreensíveis, porque aí teriam um partido português a defendê-los e uma longa lista de abaixo-assinados prontos a reclamar pelos seus direitos. Se eu fosse refugiado e quisesse chamar a atenção, acho que ladrava em vez de falar.»
João Miguel Tavares, no Público de hoje.
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6 comments:
Lamentável.
Ainda mais lamentável, e surpreendente, que aplaudas tu tamanho dislate.
Os disparates, ainda que enroupados de pretenso “humor”, continuam a ser disparates; quando enroupados de pretenso “humor”, descem à categoria da cretinice.
Defender os animais da crueldade humana, desafiando o preceito bíblico – “crescei e multiplicai-vos, e dominai sobre todas as criaturas” –, é muito mais do que defender os animais. Diz respeito, em primeiro lugar, à defesa da própria dignidade humana – pode alguém ser cruel com os animais e não o ser com o seu semelhante? dito de outra forma, a crueldade com os animais não será apenas um sintoma da tendência mais geral da crueldade para com os mais fracos? Diz respeito a uma concreta visão da dinâmica das comunidades humanas, tal como diz respeito à própria sobrevivência da espécie humana.
Acrescento isto: a frase que citas, e aplaudes, inclui uma evidente, ainda que sub-reptícia (o que apenas aparentemente é uma contradição) mensagem política, bem de acordo com as conhecidas ideias desse impante e “engraçado” articulista. Acrescento ainda que o que nada tem de sub-reptício é o tom, e a mensagem, xenófobos – pois não se defenderiam melhor os refugiados se ladrassem, em vez de falarem – visto que o próprio “ladrar” é mais compreensível que as “línguas incompreensíveis” que eles falam (o facto de falarem inglês e outras línguas “compreensíveis”, como se tem visto nas reportagens televisivas, não parece ter ferido a aguda atenção do articulista)? Serão eles humanos?
Humor negro, ou humor mete-nojo?
Muito mais poderia dizer, mas fico-me por aqui.
Abraço.
Miguel Teotónio Pereira, Marvão
Duas ou três coisas, Miguel:
1-Não confundir mensagem com mensageiro: é algo que me tira do sério.
2-Onde está aqui a defesa da crueldade com animais???
3-Se frequentasses as redes sociais, perceberias o exagero doentio com que se publicam milhares de fotos de cães, e sobretudo de gatos, com verdadeiras idolatrias.
4-Acordos quanto a sentido de humor é das coisas mais difíceis neste mundo.
Abraço.
Pois é, Joana, isto de nos relacionarmos e comunicarmos uns com os outros comporta riscos; a mim, tiraste-me tu do sério com este post.
Eu não confundi a mensagem com o mensageiro; limitei-me a fazer notar a total coerência entre uma e outro; não há aí confusão possível.
A frase que citas tem implícita a defesa da crueldade com os animais, dado ter também implícito o desprezo pelo mundo animal, que é a base de onde decorre a crueldade, e ter explícita a tentativa de ridicularizar quem se levanta contra esse desprezo e essa crueldade; é em concreto citado um partido político, do qual não sou nem militante nem representante.
Não frequento as redes sociais; todavia, duvido que, se o fizesse, as minhas opiniões e convicções fossem influenciadas pela intensidade do ruído que elas suscitam; permito-me, a propósito, levantar a seguinte dúvida: não estarás tu, neste caso, a confundir a mensagem com o(s) mensageiro(s)?
Abraço
De facto o eventual "humor" que este fulano quis materializar não passou de uma miseravel piada de mau gosto, idêntica a uma que referia análises de água e alentejanos...roubo e furto de telemóveis....as mulheres são como os contratos podem ser violadas...e havia, infelizmente, muito mais para vomitar.
Por consequência daquele e da choldra da sua área nada melhor se poderia esperar, agora dar guarida e publicidade a tais dislates.....misturar animais (que nos merecem todo o respeito) e refugiados (por quem somos responsáveis, devido às guerras que provocámos nos seus países), sugerindo que estes imitassem aqueles....palavra de honra Joana, não reconheço quem "in illo tempore admirei. Será das novas? companhias no AGIR? Belos tempos quando militavas no BE!!!
Eu, no AGIR???? AhAhAh! Não me chamo Amaral Dias. E também nunca militei no BE. Há por aí grandes confusões na cabeça desse «Unknown».
Ola Joana Lopes, peço desculpa pela confusão de nomes.
De qq maneira,....retirando .........palavra de honra Joana, não reconheço quem "in illo tempore admirei. Será das novas? companhias no AGIR? Belos tempos quando militavas no BE!!!...
Repito e mantenho o que escrevi.
Aparece Unknown?...não sabia ...o meu nome é Carlos Neves e sou leitor assíduo deste "blogger"
Cpts
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