Até os meios de comunicação portugueses referem que Édith Piaf nasceu em 19 de Dezembro de 1915, quando aposto que não é elevada a percentagem de portugueses que sabem que ela alguma vez existiu. Mas Piaf colou-se para sempre à pele da minha geração e de algumas outras, como tantos cantores sobretudo franceses, quando este país era quase tão sombrio como os vestidos pretos que ela nunca largou.
Acrescento uma nota pessoal: acabada de regressar de Portugal, onde tinha vivido a primeira parte da crise académica de 1962, eu vi-a e ouvi-a em Lovaina, no mesmo dia (vim a sabê-lo algumas horas mais tarde) em que 1.500 estudantes foram presos na Cantina da Cidade Universitária de Lisboa. Para mim, e certamente apenas para mim, ela ficou para sempre ligada a um acontecimento com o qual nada teve a ver.
O centenário é hoje muito celebrado, sobretudo em França. Vale muito a pena visitar este site de ina.fr para recordar muitas suas canções e dar uma olhadela ao Twitter (#EdithPiaf). Por aqui, ficam algumas das que não saem do meu baú.
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