«E pronto, chegámos a Setembro, falta apenas a Universidade de Verão do PSD, que termina dia 4 de Setembro, para encerrar oficialmente a "silly season".
Foi uma "silly season" olímpica, marcada por chamas e medalhas. A grande figura foi Marcelo Rebelo de Sousa. A "silly season" é o "habitat" natural do nosso PR. Digo isto sem desprimor, mais ainda, sabendo que os dias que eram a cara do nosso ex-Presidente era o dia de finados e a Sexta-feira Santa, quando calhava num dia 13.
Marcelo esteve em todo o lado, abraçou e beijou toda a gente e nem um herpes labial apanhou. Acho que, desde aquele mergulho no Tejo, o nosso Presidente ficou com um sistema imunitário que lhe permite ir fazer uma presidência aberta a Chernobyl e vir de lá apenas bronzeado. Esta omnipresença de Marcelo mais facilmente nos desgasta a nós do que a ele. (…)
Pode ser mania minha, mas acho que há semelhanças físicas, de rosto, e até de tiques, entre o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e o Mister Fernando Santos. Uma forma de falar, um estilo, um tom que tenta acalmar e convencer que está tudo bem mesmo quando nos parece que agora é que vai dar bronca. Vivem os dois muito da comparação com os antecessores. Paulo Bento e Cavaco Silva parecem ter sido feitos no mesmo torno.
Marcelo recebeu os jogadores de futebol campeões europeus, os atletas olímpicos, os campeões europeus de atletismo. Nunca houve tanta testosterona naquela sala, excepto daquela vez em que Cavaco lambeu a mão à princesa Letizia. (…)
Do meu ponto de vista, é diferente dar uma medalha ao Zeinal Bava e, passado uns meses, descobrir que andou a assaltar a PT e dar uma medalha ao Ederzito. Sinto que, desta vez, não fomos aldrabados, a não ser que viéssemos a descobrir que o Eder estava a ser pago pelos franceses e que, na realidade, tentou um autogolo mas saiu-lhe mal.»
João Quadros
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