Sophia de Mello Breyner nasceu no Porto, em 6 de Novembro de 1919.
Escolho recordá-la como a resistente à ditadura, que foi durante décadas. Juntamente com o seu marido, Francisco Sousa Tavares (o «Tareco», para os que éramos seus amigos), nunca recusou uma presença, uma assinatura, uma voz, integrada no universo dos chamados «católicos progressistas».
Foi candidata pela oposição (CEUD) às eleições legislativas de 1969 e um ano antes escreveu um poema que muitos cantam mas poucos sabem ser de sua autoria: a Cantata da Paz, tão divulgada por Francisco Fanhais depois do 25 de Abril, e que foi por ele «estreada» numa Vigília contra a guerra colonial, na passagem do ano de 1968 para 1969 (onde Sophia esteve obviamente presente).
Foi há muito tempo. Mas quem esteve lá não esquece.
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1 comments:
Obrigada por esta memória, Joana. É quando leio testemunhos como este que sinto que os tempos correntes são um bocado indigentes...há liberdade, pois há, mas há tanto por conquistar.
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