«Já aí está a nova América prometida por Trump. Numa semana muito mudou. Trump está a cumprir todas as promessas que fez, excepto mostrar a declaração de rendimentos. Sai mais barato o muro. (…)
Mandar fazer um muro é coisa típica do pato bravo Donald. É um cliché. A seguir vai fazer um jacuzzi gigante no Grand Canyon. O que me assusta não é o muro em si. Vai dar gozo assistir à construção da maior obra de engenharia da humanidade. É pena ser um muro, mas podia ser pior. Podia ser um bunker. Preocupa-me mais que tipo de muro é que ele vai fazer, porque o Trump tem péssimo gosto. Aposto num muro em mármore, cheio de rococós dourados. Uma espécie de Muralha da China mas que, vista da Lua, obriga a que tenhamos de franzir os olhos. Uma coisa é certa, pelo menos não vai haver decoradores de interiores mexicanos a tentar entrar nos Estados Unidos. Na minha modesta opinião, acho que a melhor maneira de assegurar que o muro é intransponível é contratar aqueles argelinos que conseguem fugir da pista do aeroporto de Lisboa, saltando cercas e barreiras.
Outra mudança, neste novo mundo em que começamos a viver, é que oficialmente acabou o aquecimento global. (…) Agora é o metade homem, metade delícia do mar, quem controla o clima. Um indivíduo que se vê bem, pelas companhias, que prefere o que é plástico ao que é natural, vai controlar o ambiente. Trump e filhos são pessoas que acham mais bonito um cisne de loiça do que um tigre vivo.
Se tudo correr como está a ser planeado - com o regresso ao carvão, oleodutos no Alasca e o fim das energias alternativas não poluentes - as decisões do novo Presidente dos EUA vão ser a machadada final no clima do nosso planeta. Não fico minimamente admirado, pelo contrário. Até acredito que Trump sabe que existe aquecimento global, mas o maluco tem setenta anos, e para ele só ele existe, por que raio havia de estar preocupado com o estado do planeta Terra daqui por vinte anos?! Provavelmente, até o chateia que fique cá gente.»
João Quadros
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