22.2.17

Quando a paisagem esgota os tons de verde



Estou já na Ilha Sul da Nova Zelândia e hoje o nosso enorme barquito ficou ao largo, muito bem enquadrado, e nós rumámos em lanchas até Akaroa, uma pequena e simpatiquíssima localidade que tem só 600 habitantes (na sua maioria reformados), a que se juntam mais 10.000 durante o Verão.

De lá seguimos para Christchurch, por uma estrada de uma beleza de cortar a respiração, onde os tons de verde se esgotam (nem dá para ter imaginado que existem tantos…), muitas vezes reflectidos em vários lagos e baías lindíssimos.

Christchurch é a segunda cidade da Nova Zelândia em termos de população, só ultrapassada por Auckland: tem cerca de 440.000 habitantes, um pouco mais do que a capital Wellington, e foi a principal vítima de um terrível terramoto que teve lugar precisamente há seis anos, em 22 de Fevereiro de 2011. Este arrasou-a, quase todos os edifícios com alguma altura ruíram ou foram tão afectados que foi necessário deitar abaixo o que restava ou reforçar o que era possível salvar. Todo o centro urbano é ainda um enorme estaleiro, mas é notável o que já foi feito ou refeito em meia dúzia de anos. Morreram 185 pessoas e existe em plena cidade uma espécie de memorial com o mesmo número de cadeiras, pintadas de branco, que foi hoje palco de comemoração de um fatídico sexto aniversário.

Um belo passeio de barco num rio, com belos patos de todos os tamanhos e feitios por perto e o regresso em lancha no fim de mais uma etapa.

Amanhã há mais: será o tal dia para ver pinguins de olho amarelo. E não só.






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1 comments:

Monteiro disse...

Acho que está mesmo por baixo de nós em Portugal, ou não?