«O Brexit vai avançar a toda a velocidade e o governo escocês, que preferia ficar na União Europeia, não acha graça. Por isso deseja convocar um novo referendo para saber se os escoceses querem sair do Reino Unido. Theresa May não achou piada às sugestões de Nicola Sturgeon e disse que a haver referendo só mais lá para finais de 2018 ou princípios de 2019, quando o processo do Brexit tiver terminado. (…)
Sobre o Brexit, William Hague, no "Daily Telegraph" argumenta: "Há quem ainda ache que o Brexit pode ser detido. Devemos mostrar que isto é a sério". E acrescenta: "Para os alemães parece ser tão inimaginável e ilógico deixar a UE que não conseguem acreditar que pessoas racionais como nós vamos nesse caminho". Bem interessante é a reflexão de Satyajit Das no "Independent": "O Brexit e Donald Trump prometeram soluções fáceis para problemas difíceis - mas o que acontecerá quando eles não as cumprirem? (…) O ingrediente político essencial de hoje não é a mudança, como muitos acreditam, mas a nostalgia. Os candidatos não tradicionais prometem restaurar uma idade de ouro da prosperidade, segurança e sociedades largamente homogéneas com valores partilhados". E acrescenta: "A Revolução Francesa não ocorreu quando as condições eram mais difíceis, mas quando a melhoria destas criaram expectativas melhores de progresso e mudança. Hoje as frágeis classes médias nos países desenvolvidos temem que o aumento dos seus níveis de vida esteja em risco".»
Fernando Sobral
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