«Hoje, Amílcar Cabral pouco é lembrado, sobretudo em relação ao 25 de Abril que ainda há pouco voltámos a comemorar. Na escola, Cabral confronta Salazar nos manuais de história de uma matéria quase nunca dada, num excerto convenientemente editado para tapar as vergonhas maiores da escravatura e do colonialismo português. Nas universidades, proliferam sobretudo as cadeiras da chamada “História dos Descobrimentos” ou da “Expansão” e os homens lembrados são outros; salvo raras excepções, Cabral aparece quanto muito nos cursos de literatura através de algum poema seu. Nas exposições comemorativas do 25 de Abril, o seu busto espreita num ou noutro cartaz, mas pouco pode dizer.»
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