21.8.17

Em Bruxelas, coração da Europa



«Umas centenas de refugiados somalis, eritreus e ... chegaram na última semana a Bruxelas e estão a dormir ao relento na Gare du Nord, sob ameaça da polícia, que começou por lhes retirar mantas e agasalhos. A Plataforma Cidadã recolheu em três tempos uns milhares de euros e comprou sacos-cama para todos. Sacos-cama identificados com o nome do proprietário, cidadãos belgas que assinaram o "seu" saco, e da própria plataforma. Se a polícia os retirar aos refugiados, é roubo.

Diga-se ainda que estes sacos cama foram comprados na Decathlon e que a empresa os vendeu a preço de custo, assumindo o imposto. É assim que a sociedade civil belga cumpre o seu dever de solidariedade e dá lições de moral ao governo. Entretanto, a Bélgica tem um secretário de Estado, Theo Francken, que é um Trumpzinho de trazer por casa e anunciou que vai reenviar os refugiados para os seus países a bem ou a mal. Mas não vai.

Os belgas sabem o que é ter de fugir da guerra, sabem o que é viver em guerra, não esquecem a ocupação nazi durante a guerra. E sabem responder com solidariedade a estes dramas. Uma mulher grávida de oito meses dormiu apenas a primeira noite na Gare du Nord. Ao segundo dia já estava em casa de um casal belga. E todos os dias há quem entregue donativos, roupa e alimentos, no Centro Maximilien.

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Hoje [2ªf.] de manhã, a polícia apreendeu tudo... A Plateforme e os cidadãos que assinaram os sacos vão apresentar uma queixa colectiva contra a polícia.»

António Costa Santos no Facebook 
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