«Sobre a ida de Neymar para o PSG as opiniões dividem-se tanto como o dinheiro que o clube francês deu, num cheque, ao Barcelona: 222 milhões de euros.
O futebol chegou a um novo mundo. Resta saber como este será. No El País, Ramon Besa escreve: "Não há um jogador de futebol mais desconcertante no mundo do que Neymar. O brasileiro é um jogador fabuloso que se distingue por irritar os adversários com a sua língua e seu drible, e por enfurecer os seus companheiros por perder os primeiros minutos de cada jogo trocando ou a ajustar as chuteiras, seja em Camp Nou ou em Miami.(…) O brasileiro quer ser na Europa o camisa 10 que é no Brasil. Por isso, teria decidido de forma legítima sair da zona de conforto e brigar com Messi e com Cristiano Ronaldo pela Bola de Ouro jogando no time com sede em Paris. (…) Até hoje não se sabe com certeza quanto Neymar custou ao Barça quando este ganhou a disputa pelo brasileiro com o Real Madrid. Também não será fácil saber quanto custará a operação que pode levá-lo ao PSG."
Feliz está o ministro francês das Finanças, que já vê milhões de impostos e IVA defronte dos olhos. Disse Gérald Darmanin: "Se Neymar vier mesmo para um clube francês, o ministro das Finanças fica feliz pelos impostos que ele pagará em França. Vale mais que esse jogador de futebol pague os seus impostos em França do que não pague em parte alguma." Fala-se de algumas centenas de milhões de euros de impostos para os cofres franceses. No Sport, de Barcelona, Lluís Mascaró massacra Neymar: "Este é o melhor exemplo do que significa o desporto profissional hoje em dia: o dinheiro acima de tudo. Exactamente o que pensou Neymar e o seu pai-representante. Aceitaram a oferta do PSG porque representa muitíssimo mais dinheiro para ambos. Estamos num mundo de mercenários em que os sentimentos e os valores representam bem pouco. Ou nada." No fim, sobra uma bola e um campo relvado.»
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