28.11.17

A contribuição que nunca viu a luz



«O que estava em causa era a votação de uma proposta do Bloco para criar uma contribuição de solidariedade, a incidir sobre os produtores de energias renováveis, altamente subsidiados por contratos e regras decididas no passado. São estas as regras que permitem à EDP Renováveis, uma das maiores beneficiárias, ter apenas 12% da sua atividade em Portugal, mas obter aqui 27% dos lucros. Feitas as contas, no total, se esta energia fosse vendida em Portugal ao preço médio que a EDP Renováveis pratica noutros países, e não ao preço subsidiado, os consumidores pagariam menos 400 milhões de euros ao ano. Era uma pequena parte deste sobrecusto que o Bloco de Esquerda propunha compensar com a criação de uma contribuição sobre estas empresas. O resultado seria a redução da dívida tarifária e, em consequência, da conta da luz, com benefícios óbvios para famílias e empresas.
Apesar da medida ter sido negociada com o Governo, e aprovada na especialidade na sexta-feira, o Partido Socialista avocou-a ontem a plenário e, na repetição da votação, alterou o seu voto, impedindo a contribuição de ver a luz do dia.»

Mariana Mortágua

Na íntegra AQUI.
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