12.12.17

Brincadeiras de Francisco Assis



«Afirma Assis: as declarações de Catarina Martins são “lamentáveis”, “inadmissíveis” e “um ataque ao carácter” do PS, pelo que Costa deve dar-lhe “uma resposta clara e incisiva”. Tinha dito Catarina que, ao negociar, estabelecer e aprovar e depois rejeitar uma taxa sobre as rendas energéticas, o PS se mostrou “permeável” aos grandes interesses económicos. Assis acha isto “lamentável” e inadmissível”.

Há pouco tempo, Assis foi o mais destacado apoiante de um candidato a secretário-geral do PS que fez a sua campanha a afirmar que lutava contra “o PS associado aos negócios e interesses” (António José Seguro, Sábado, 31-07-2014) e que “há um partido invisível de poderes fáticos [e] as pessoas que estão associadas a esses interesses apoiam António Costa” (António José Seguro, RTP, 23-09-2014), tendo mesmo indicado o nome de um empresário, Nuno Godinho de Matos, como exemplo de que “existe uma parte do PS mais associada aos interesses” (Expresso, 23-09-2014).

Será que Assis achava então “admissível” o ataque dirigido a Costa, e não achava “lamentável” que o seu candidato falasse do “PS associado aos negócios e interesses”? Ou será que então se esqueceu de pedir a Costa que desse “uma resposta clara e incisiva” ao seu candidato que acusava Costa? Ou será que achava certa a acusação sobre o “partido invisível” dos interesses económicos, mas agora acha escandalosa a constatação factual de que, no recuo da taxa que aprovou primeiro e recusou depois, o PS se mostrou “permeável”?»

Brincadeiras de Assis.»

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