«Marcelo e a geringonça: "Penso que todos ganharíamos se o ano de 2018 fosse de acalmia eleitoral. Portanto, que o OE 2019 não fosse um campo de luta pré-eleitoral."
Marcelo e o jantar da Web Summit no Panteão: "Nem que seja o jantar mais importante de Estado."
Marcelo e a legionela: "É preciso apurar o que se passou."
Marcelo e a legionela e Tancos: "O Presidente da República não vai imiscuir-se no que é a tramitação das investigações para que não se diga que está a criar qualquer empecilho ou limite. Simplesmente não se esquece. O Presidente tem uma memória de elefante, não se esquece."
Marcelo e a polémica entre o PS e o BE sobre as renováveis: "Continuo a pensar que a legislatura vai até ao fim [??????]."
Marcelo e a celebração pelo governo dos seus dois anos: "Que aqueles que intervêm na vida política estejam identificados com as pessoas concretas de carne e osso, que estejam atentos ao que se pensa, ao que se sente, se sofre e é preciso resolver, dos vários lados."
Marcelo e Centeno no Eurogrupo: "Não se deve esquecer que começou por ser ministro das Finanças."
Marcelo e Belmiro de Azevedo: "Uma figura marcante da economia e da sociedade portuguesa ao longo das quatro décadas da democracia portuguesa."
Marcelo e o guitarrista dos Xutos & Pontapés, Zé Pedro: "Um guerreiro da alegria, da vontade de viver, de superar dificuldades, de nunca desistir."
Marcelo e as Raríssimas: "Para já, o que importa é apurar o que se passa."
Enfim: não há nada que o Presidente não comente - do mais relevante ao maior fait divers. Há umas semanas, neste mesmo espaço, elogiei-o pela intervenção que fez em Oliveira do Hospital sobre os fogos de outubro: criou empatia com o país (e as vítimas em particular), tudo o que tinha faltado à intervenção do primeiro-ministro. Mas depois disso Marcelo passou de hiperativo a hipermega ativo, parecendo gerir toda a sua agenda numa lógica de cobertura a par e passo da agenda de António Costa (por antecipação ou reação). Marcelo, que é constitucionalista, sabe qual é o maior poder do Presidente da República em Portugal:é o poder de falar. Se continuar a gastar palavras com tanta intensidade, tanto para fait divers como para factos importantes, estará pura e simplesmente a desperdiçar o poder que os portugueses lhe deram. Não foi para isso que foi eleito nem é para isso que é pago.»
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