O papel da Concertação Social (Sandra Monteiro)
«Restaria um argumento para justificar a decisão: o de que haveria medidas, em particular na área laboral, que o governo não quer tomar por receio da oposição das instâncias europeias e internacionais. É verdade que essa oposição pode sempre surgir. Como foi atrás referido, as engenharias neoliberais têm no trabalho um dos seus alvos de eleição, mesmo se adaptam as pressões exercidas ao grau de receptividade que elas podem encontrar nos poderes políticos nacionais. Mas, até por isso, se o objectivo for evitar uma oposição externa das forças neoliberais, não seria vantajoso que quem se opõe a essas forças assumisse com clareza política as suas propostas? Que, reivindicando valores e princípios que fundaram a tradição socialista, contribuísse para o crescimento da força social que poderá opor-se a décadas de expansão do neoliberalismo?»
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