«A SpaceX, do multimilionário Elon Musk, lançou com sucesso o Falcon Heavy, o foguetão mais poderoso do mundo. A bordo vai um carro eléctrico da Tesla, com um manequim vestido de astronauta ao volante. Como vai com o braço de fora da janela do carro, julgo que o manequim foi feito em Portugal.
Foi necessária uma propulsão equivalente a 18 aviões Boeing 747 para pôr o foguetão no espaço. Se uma das razões desta viagem era uma campanha publicitária para o uso da energia limpa do carro eléctrico da Tesla, precisam de vender milhares de carros eléctricos só para compensar o que queimaram em combustível na viagem.
Importa referir que, antes de ter entrado nesta missão a Marte, o Tesla foi testado em ambientes extremos e no acesso ao parque de estacionamento do Corte Inglés. Já estou a imaginar o anúncio: "Vende-se Tesla impecável em segunda mão com 115 milhões de quilómetros."; "Já fui a Marte com isto e não me deu chatices nenhumas."
A fotografia do astronauta no descapotável com a Terra como fundo vai ser usada em milhares de piadas, montagens e palestras de motivação para as pessoas que têm de dar voltas e mais voltas para conseguir estacionar em Lisboa.
Até agora, a missão correu bem, mas para ter a certeza de que não havia perigo o Elon devia ter contratado a minha mãe. Sentavam-na na cadeira ao lado do manequim que está no volante do carro e ela faria aquilo que costuma fazer quando viaja comigo: "Vais muito depressa. Não vás tão depressa. Já vais a sessenta. Aquilo ali é uma curva, pareces um doido a guiar."
Estamos perante um momento histórico da conquista do espaço. Marte vai ser a grande obsessão e o destino do Homem nos próximos 20 anos. Em Marte, estão cerca de oitenta graus negativos, imaginem o que isto não daria em reportagens sobre o frio nos noticiários das nossas televisões. Elon Musk anunciou, em Setembro de 2016, que vai levar os primeiros 100 humanos a Marte em 2022 e que, até ao ano 2060, vai haver um milhão de pessoas a viver no Planeta Vermelho. Sinceramente, Marte, pelo que me apercebi das fotos do Curiosity, é um sítio sem interesse nenhum. Tem uma padaria portuguesa e pouco mais. Faz lembrar a minha viagem de finalistas ao Egipto, um dia inteiro a ver calhaus.
Importa também dizer que um ano em Marte tem 687 dias. Tenho a certeza de que, apesar de um ano em Marte ter 687 dias, acabávamos na mesma a comprar as prendas de Natal na véspera. Resta acrescentar que os dias têm 24,6 horas. Ou seja, 38 minutos a mais de um dia na Terra. Aposto que isto iria dar problemas com os sindicatos e a Autoeuropa.»
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