Trepei, e muito, para chegar à secção Mutianyu da MURALHA DA CHINA. Vi-a, mas à porta fiz uma vénia respeitosa e dispensei-me de entrar: tal como ir a Meca, há que entrar na Muralha uma vez na vida, a mais não se é obrigado.
Regressei, com prazer à PRAÇA TIANANMEN, o mausoléu de Mao, o Palácio dos Congressos e tudo o resto estão nos mesmos sítios, o que mudou foi que a vi praticamente vazia em 2004 e com magotes e mais magotes de gentes várias desta vez. E retive o silêncio da simpática guia que nos acompanhava com explicações em espanhol: várias vezes interrogada, foi dizendo que dos acontecimentos de 1989 «nada sabia», que nasceu e vivia então na Manchúria, que nada viu, que não se aprende na escola, que há muitos milhões de chineses que nunca ouviram falar desse não assunto. «Não sei nada, não posso saber, não insistam, por favor.»
Na CIDADE PROIBIDA não é fácil tirar fotografias sem dezenas de orientais em exercício de selfies, nem escapar a filas compactas para aceder aos locais mais procurados. Mas continua esplendorosa como sempre.
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