26.3.18

Seul (II)



A capital da Coreia do Sul é uma grande e agradável cidade com 10 milhões de habitantes (um quinto da população do país), dividida pelo rio Han, cercada por montanhas, com avenidas largas e belos edifícios recentes, mas com um grau de poluição muito elevado, provocado por ventos vindos da China e pela actividade de fábricas locais.

Samsung, Hyundai, LG e KIA imperam e alimentam bem as exportações, embora a taxa de desemprego se mantenha alta (11%) e os jovens tenham dificuldade em vingar se não tiverem estudado numa das três melhores universidades do país. O esforço para lá chegar é grande e vale tudo em termos de competitividade…

A cidade fica apenas a 10 quilómetros da zona desmilitarizada que separa as duas Coreias, mas dizem-me (sem que tenha percebido se se trata de um sentimento generalizado) que os coreanos do Sul não pretendem de todo um país unificado, já que teriam de suportar os custos de um Norte paupérrimo.

Muito conservadores em termos de costumes, mantêm um estatuto de grande submissão das mulheres e estas «vingam-se» recorrendo a cirurgias plásticas (90% fazem-no, segundo me disseram), nomeadamente para terem olhos mais abertos como as ocidentais! Aliás, a venda de cosméticos é rainha na rua de comércio mais concorrida da cidade, pobre em termos qualitativos, parecendo um grande aglomerado de lojas dos 300.

Muito mais haveria a dizer, mas realço o belíssimo Palácio Gyeongbok, acabado de construir em 1395, na era da Dinastia Joseon, com 495.000m² e 7.700 divisões distribuídas por muitos edifícios. Foi queimado e abandonado durante três séculos, reconstruído em 1867, de novo incendiado durante a ocupação japonesa e gradualmente restaurado. Magnífico!





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