29.6.18

Salvar a Pastelaria Suíça? Mas está tudo doido?




A Suíça concorreu para ser loja histórica e desistiu. Ouvi ontem o dono dizer que o negócio não ia bem, que está cansado e que não quer continuar. Não vou lá há alguns anos, mas tenho lido por aí que a qualidade daquilo que serve deixa muito a desejar e já há bastante tempo.

Mas sobretudo: por que motivo se devia preservar a memória histórica da dita pastelaria? Só porque tem quase 100 anos? Está ligada a algum acontecimento relevante, tem algumas características arquitectónicos ou de «design» de interiores, que a isso obrigue? Tem algo que permita compará-la com o Martinho da Arcada, a Brasileira ou o velho Chave d’Ouro? Ou está apenas ligada a saudades de torradas, bolos e meias de leite? Sinceramente: se há pessoas com a mania de memórias históricas, eu sou certamente uma delas. Mas salvar a Suíça?

No dia em que o Califa fechar, aqui em S. Domingos de Benfica, várias gerações sentir-se-ão órfãs. Mas espero que não peçam que ninguém, muito menos qualquer governo, pague para lhes preservar as memórias! Há várias gerações que Lisboa deixou de ser «a Baixa». Por favor…
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