24.1.19

10 de Junho



Quando se soube ontem que o presidente da República tinha designado João Miguel Tavares para presidir à comissão das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, foram mutos os que brincaram com a dita designação. Passadas umas horas, penso que é bom deixar de rir.

Podemos não dar importância à celebração em causa, mas Marcelo Rebelo de Sousa parece dar-lhe. E se queria sublinhar a importância da comunicação social (porque não?), não se entende os motivos da sua escolha. Não estão aqui em causa opções de esquerda ou de direita, já que há muitos e bons jornalistas em ambas, mas que João Miguel Tavares não é um deles parece ser de consenso largamente generalizado.

Marcelo é culto e inteligente e os motivos para esta escolha restarão insondáveis. Mas eu, que nunca alinhei na teoria segundo a qual o facto de ele ser popular nos defende da entrada do populismo em Portugal, vejo nesta designação «popularucha» uma espécie de provocação e ofensa, sobretudo para os bons profissionais dos órgãos de comunicação social, que tanto precisam de apoio.

Marcelo é perigoso. E há anos que penso, e que escrevo, que só engana menos do que o algodão aqueles que querem ser enganados.
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1 comments:

Niet disse...

Como existe o shadow banking nestes tempos de cólera climatizados, o nosso PR trata de declinar em shadow filosofia o seu portátil dicionário prático de Maquiavelismo onde a má-fé joga com a duplicidade e o efeito de poder mais complexo de falar verdade sabendo que a realidade é o inverso...Há também inquestionável a tentativa de " apoiar " o branqueamento " de J.Miguel Tavares, do género, o evidente direitismo opinativo do jornalista em apreco ainda é tolerável porque se tornou por má-fé liso e indolor...