«Uma acção da Polícia Militar num complexo de favelas no centro do Rio de Janeiro que resultou em 13 mortes tem sérios indícios de fuzilamento, com disparos feitos à queima-roupa e utilização de facas pelos agentes nos corpos das vítimas no morro Fallet, afirma a Defensoria Pública do Rio de Janeiro.
O governador Wilson Witzel, que foi eleito com a promessa de uma acção policial dura roçando a ilegalidade – “A polícia vai mirar na cabecinha e… fogo”, afirmou, prometeu ter atiradores furtivos prontos a disparar contra os autores de actos criminais – viu-se obrigado a vir defender a acção de sexta-feira passada no morro Fallet-Fogueteiro, depois de a Defensoria Pública divulgar a sua investigação. “O que aconteceu foi uma acção legítima da Polícia Militar”, afirmou.
“A nossa polícia existe para defender o cidadão de bem. Não vamos admitir mais qualquer bandido usando armas de fogo de grosso calibre”, afirmou Witzel, citado pelo site UOL. A Polícia Militar afirma que agiu para intervir na guerra entre facções criminosas, “tendo como principal preocupação a preservação de vidas”.
Só que aquilo que os investigadores da Defensoria – um órgão mais ou menos equivalente ao Provedor de Justiça em Portugal – encontraram quando foram ao morro Fallet-Fogueteiro é um retrato de extrema violência policial. Ali concentram-se as atenções, porque num só local morreram nove pessoas.»
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