14.9.19

Santa Comba e o bom senso


«Não é de todo viável criar ali um verdadeiro Centro Interpretativo do Estado Novo. Que tipo de "espólio" podia ser levado para Santa Comba? E seria observado numa mescla em que entraria a utilização turística da figura de Salazar?

Aquele é o espaço que, por natureza, tenderá sempre a colocar em relevo os traços e comportamentos menos tenebrosos ou mais simpáticos do ser humano Salazar - todo o ser humano os tem. Ora, esses são os mais distanciados do pensamento, da vida e, acima de tudo, dos atos políticos do ditador e fascista Salazar, que impôs um regime fortemente repressivo e autocrático e colocou o país desfasado na história - veja-se os indicadores de desenvolvimento que o país tinha. (…)

Na democracia que se fez duramente contra Salazar não há lugar, nem para reabilitações, nem para avaliações pretensamente neutras da sinistra figura.»

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1 comments:

Jose disse...

Para o dito fascismo e sua máquina censora e repressora existe já o Museu do Aljube, em Lisboa.
O que mais que tudo mobiliza a esquerda abrilesca (e que amplo espectro ela abrange!) é que algum do muito bem que o regime fez compare com a gloriosa abrilada e tudo o que se lhe seguiu.
E no caso de Salazar, mais que tudo incomoda o quanto de poder teve sem ter que assalariar sequazes em detrimento de uma Administração Pública regida por leis.