Declaração pública da União Portuária do Chile
«Os trabalhadores portuários decidiram começar uma paralisação nos terminais do nosso país em solidariedade com as reivindicações e luta que todos os chilenos temos levado em frente em todo o território nacional.
Entendemos que a luta na rua é legítima, no entanto, é importante separar-nos daqueles que consideram que o protesto social habilita o vandalismo. Apoiamos que as pessoas defenda as suas casas de inescrupulosos que não lhes interessam as lutas sociais e aproveitam esta situação de caos para cometer atos criminosos. É PROTESTO, não saques.
Em linha com a anterior, também rejeitamos que o presidente piñera fale de inimigo interno e de situação de guerra. Isto, na linha de militarizar a rua e declarar estado de exceção não é senão menosprezar a procura social, apagando o fogo com benzina e legitimando a auto-Defesa do povo chileno.
Hoje paralisamos o país.
Os trabalhadores portuários estamos comprometidos com as mudanças políticas e sociais e, por isso, propomos ao conjunto do movimento sindical advogar por uma assembleia constituinte dos trabalhadores e do povo.
Só uma Assembleia Constituinte abrirá a possibilidade de discutir um novo modelo produtivo, industrial e de desenvolvimento, um novo quadro de relações laborais, uma renacionalização do cobre e os recursos naturais, entre outras demandas sentidas pelo nosso povo.
Finalmente, somos testemunhas de uma grave crise de representatividade. O governo não está em sintonia com as pessoas, questão que se expressa na utilização do medo e da violência militar para dar governabilidade. É por isso que não confiamos neles.
Os portuários paralisamos e saímos para a rua.
Para a greve geral!
Por uma Assembleia Constituinte!
A defender o povo!
Não há grandes conquistas sem uma grande luta!
União Portuária do Chile
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