Claro que o conheci quando era ainda o «Vasquinho» para muitos dos mais próximos e andava já pelos corredores de O Tempo e o Modo, pelos da Faculdade de Letras a acabar a licenciatura com algumas angústias e pelas casas de vários amigos comuns.
Está tudo dito sobre os seus percursos, deixo aqui o primeiro texto (bem inocente…) que publicou em O Tempo e o Modo (Abril de 1963), três meses depois de este ser lançado.
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Em pouco mais de um lustro, a politica e a Cultura portuguesa perderam três vultos de tomo:
N.Brederode Santos ( 29 Abril 2017,73 anos), Artur Castro Neves( 7.Novembro 2014,70 anos) e ontem V.Pulido Valente( 21.Fevereiro 2020,78 anos). Faziam todos parte da geracäo das Crises
Académicas de 1962 e 1964. Castro Neves exilou-se muito cedo em Paris, tendo participado
na revolta de Maio 68 e feito amizades estreitas e decisivas, entre outros, com Castoriadis, Lefebvre e J-Pierre Dupuis, a nata-da-nata do pensamento radical da época. Brederode Santostornou-se um brilhante advogado e um cronista admirável da fascinacäo politica inesquecivel da II República Portuguesa, criada pela Revolucäo do 25 de Abril 1974. Vasco Pulido Valente foi o historiador mais livre ,iconoclasta e polémico das quase cinco décadas da Democracia pluralista vigente que manteve sempre uma relacäo de amor-e-ódio com Mário Soares. Como escreveu Julien Coupat, do Comité Invisible, " é politico tudo o que se relaciona com a descoberta na accäo, na polémica ou no conflito entre regimes de percepcäo e entre sensibilidades e mundos diferentes , sobretudo focalizando o momento em que um dos tipos dessa relacäo atinge um elevado patamar de intensidade ". Niet
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