É certamente a primeira vez que divulgo um texto de MANUELA FERREIRA LEITE. Sim, lembro-me que sugeriu a suspensão da democracia por seis meses, mas o contexto e os tempos eram outros. Alguém que se diz incondicionalmente social-democrata junta-se sem reservas a todos os que já «normalizaram» o Chega como «compagnon de route» – para já nos Açores, quando puder ser em todo o Portugal.
Como alguém escreveu por aí, agora «há nós e eles». Ou, como diz o velho ditado, «diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és»
«Ao fim de 24 anos de governos socialistas, os Açores apresentam os piores índices de pobreza, indicadores negativos na Educação e na Saúde, estagnação do desenvolvimento económico e social com índices mais baixos do que a média da União Europeia, menores do que o continente e incomparáveis com os da Madeira. Esta herança só poderá ser invertida com a alteração da política seguida que se tem caracterizado por uma excessiva presença do Estado na sociedade e por uma paralisante subsidiodependência dos cidadãos — 8,5% da população activa viva de subsídios. Daqui resulta uma indisfarçável e inevitável submissão dos cidadãos às forças políticas dominantes.
Como alguém escreveu por aí, agora «há nós e eles». Ou, como diz o velho ditado, «diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és»
«Ao fim de 24 anos de governos socialistas, os Açores apresentam os piores índices de pobreza, indicadores negativos na Educação e na Saúde, estagnação do desenvolvimento económico e social com índices mais baixos do que a média da União Europeia, menores do que o continente e incomparáveis com os da Madeira. Esta herança só poderá ser invertida com a alteração da política seguida que se tem caracterizado por uma excessiva presença do Estado na sociedade e por uma paralisante subsidiodependência dos cidadãos — 8,5% da população activa viva de subsídios. Daqui resulta uma indisfarçável e inevitável submissão dos cidadãos às forças políticas dominantes.
O resultado destas eleições mostra que a população açoriana não quis mais o Partido Socialista a governar sozinho. Quis mudar. Para isso, varreu o Partido Comunista da Assembleia Regional e acrescentou-lhe a novidade de dois partidos recentes.
Perante este quadro, o PSD-Açores formará governo com o CDS-PP e o PPM, recuperando a Aliança Democrática, e assegurando o apoio parlamentar do Iniciativa Liberal e do Chega.
A necessidade imperiosa de abafar este revês eleitoral levou à demonização do acordo parlamentar entre o PSD e o Chega invocando as características ideológicas deste partido.
O que aprendi com a democracia leva-me a rejeitar esta reação. A democracia consagra um princípio fundamental e “sagrado”. O poder decide-se pelo voto e não pela força. Cada pessoa é um voto. Um voto livre porque é anónimo. Assim, não existem os votos dos iluminados e os votos dos ignorantes.
Há os votos dos eleitores que traduzem a sua escolha. É esta a grandeza da democracia. Os deputados eleitos têm igual legitimidade. Não há nós e eles. Divergimos nas ideias, não no estatuto.
Nem sempre dá jeito, mas é assim. O acordo parlamentar do PSD Açores com o Chega está escrito, não é secreto, é transparente. Os pontos acordados não beliscam os princípios e os valores do PSD.
O combate político faz-se pelo debate ideológico e pela prática virtuosa da governação. Não é desprezando os adversários e deixando os eleitores sozinhos à mercê de discursos que, por serem uma lista de ilusões, captam os desiludidos. A alma do PSD está intacta e não vira as costas, apesar das críticas, ao serviço patriótico que pode prestar ao notável povo açoriano, contribuindo para o progresso a que legitimamente anseiam.»
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