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«De algum modo, percebe-se que jornalistas e moderadores tenham tanta ou mais dificuldade em gerir os debates com o populismo do que os próprios candidatos adversários. A raiz para o caos reside nas escolhas editorias das televisões. Fazer micro ou nanodebates de 25 minutos é o maior serviço que a Comunicação Social faz, em liberdade e democracia, ao crescimento da extrema- -direita. Aceitar a sua agenda e replicá-la, diariamente, como porta-chave de temas é gravíssimo e autofágico. Vivem-se os debates como "rounds" de boxe ou "sets" de ténis ou pingue-pongue, onde o vencedor tem de ser declarado pela altura para onde atira as bolas, pelo volume do megafone, pela rispidez dos gestos, pelas frases infantis de agressão de pacotilha, pelo nível do acinte ou da ofensa, pelo "sound byte" vazio, pela vulgarização da demagogia ou eficácia da mentira ou populismo. E aqui, a culpa vive nos braços daqueles comentadores que, valha o que valer e independentemente das regras, entendem que o KO se exige num debate e que só existe quando se leva o adversário, rasgado, ao tapete. A eficácia veste-se, agora, como uma senhora antiga.» .
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