19.3.22

Cantiga do fogo e da guerra

 



«Fiz este poema pelos meus dezoito anos. Começava então a praticar a poesia e a prosa, ambas com efeitos esparsos. Pensei, claro, na guerra que então se travava com os povos africanos que julgávamos ainda portugueses – e para onde eu sempre soube que não iria. Mas falava também das guerras em geral, e dos seus horrores e aproveitamentos. Um assunto que, como se constata, parece não ter fim.

O poema ganhou nova vida quando o Zé Mário Branco o leu e disse ‘quero musicar’. ´Faz favor’, respondeu a minha alegria e a minha aceitação. Está no seu primeiro disco, ‘Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.’ Vontade cumprida, e um poema enfim em casa própria.»

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