Marguerite Duras nasceu há 108 anos em Saigão, actual Ho Chi Minh. Foi uma das grandes escritoras do século XX francês, também realizadora e guionista de filmes, para além de resistente durante a Segunda Guerra Mundial como membro do Partido Comunista Francês.
É vasta a sua obra no domínio da literatura, de início identificada com a corrente do nouveau roman, mas destaco dois livros que nunca esquecerei: L'Amant (1984) e antes, bem antes, Moderato Cantabile de 1958.
Esta última obra viria a ser adaptada para cinema por Peter Brook, em 1960, e quem o viu terá certamente retido as interpretações de Jeanne Moreau e de Jean-Paul Belmondo. Inesquecível também, o guião que Marguerite Duras escreveu para que Alain Resnais realizasse Hiroshima mon amour. E quando há meia dúzia de anos fui ao Japão, e me passeei pelo local que foi vítima de uma das maiores tragédias da humanidade, não me saía da cabeça: «Tu n'as rien vu à Hiroshima!»
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