20.10.23

A UE e a guerra

 

«Neste tabuleiro tão complexo, é triste ver que a UE não é tida como um participante significativo. A intervenção geopolítica, prometida por Ursula von der Leyen no início do seu mandato, parece ser levada a cabo por um gatinho doméstico, anafado, e até sem garras. Depois de várias hesitações e confusas declarações, a Europa conseguiu finalmente adotar uma posição comum, que considero incompleta. Condenou os ataques hediondos do Hamas de 7/10, reconheceu que Israel usufrui do direito de defesa, desde que exercido no quadro da lei internacional, pediu a libertação dos reféns e assegurou-nos que continuará a ajuda humanitária às populações de Gaza. Foi positivo ao lembrar que a solução passa pelo estabelecimento de dois Estados. Mas faltou uma tomada de posição sobre o bloqueio a Gaza imposto à moda medieval, como também não referiu que a crise exige o máximo de contenção. Legítima defesa, um direito incontestável, tem de ser exercida de um modo razoável.»

Victor Ângelo
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