«O entusiasmo visível no rosto do ministro da Defesa ao falar do assunto não vai provocar qualquer incómodo nas relações luso-espanholas. É improvável que venha a ter qualquer influência, até pelo silêncio que se lhe seguiu do primeiro-ministro e do ministro dos Negócios Estrangeiros e do quase mea culpa que Nuno Melo fez ao dizer que não estava a falar em nome do Governo. Mas o discurso de Olivença vem demonstrar uma coisa que uma parte dos portugueses já tinha percebido: a morte do CDS ou a sua absoluta irrelevância no panorama político nacional.
A coligação AD salvou o CDS, permitindo-lhe eleger um grupo parlamentar. Nuno Melo costuma dizer que é graças ao CDS que a AD está no Governo (ou seja, o PSD tem o mesmo número de deputados que o PS, mas a AD elegeu dois do CDS), mas é uma afirmação que não tem contrafactual. Se o CDS fosse sozinho a votos, iria eleger algum deputado? As legislativas de 2022, quando o CDS elegeu zero deputados, foram um sinal bastante explícito.»
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