«Enquanto a floresta arde são criados novos organismos institucionais como o AGIF, a quem compete a coordenação estratégica e a avalização integrada dos fogos rurais. Lá são contratados novos quadros, pagos a peso de ouro, com onerosas ações de formação no estrangeiro, mas cuja atuação no terreno não se faz sentir. E a floresta continua a arder.
Há uma inexplicável e preocupante falta de articulação nos vários agentes institucionais encarregados de prevenir e combater os incêndios. Onde deveria haver articulação e ligação entre instituições há caos. Na habitual lógica de “cada um no seu quintal”, não existe uma articulação entre os ministérios do Ambiente e da Administração Interna. Apesar das promessas, dos anúncios, do sistemático reforço de meios, a floresta arde todos os anos. É o dinheiro dos impostos dos portugueses gasto, inutilmente, sem o resultado que se deveria conseguir. Seja na fuga de cinco perigosos delinquentes ou nas labaredas que, anualmente, marcam presença nas nossas florestas, é o Estado a fracassar nas suas funções vitais.»
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