28.9.24

Tristeza e vergonha

 


«Esta semana, em Nova Iorque, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de uma centena de líderes políticos, de outros tantos países, fizeram discursos sobre o futuro para o Mundo com conteúdos que nos apresentam esse mesmo Mundo a desmoronar-se debaixo dos nossos pés. Cava-se o abismo para onde podemos ser empurrados por loucuras belicistas, por crises climáticas e ambientais, por desrespeito pelo Direito Internacional, por desigualdades e injustiças profundas que historicamente espoletam e ampliam guerras, pela recusa em trabalhar agendas comuns necessárias para enfrentar os problemas globais do nosso tempo.

O futuro, em grande medida, é feito de respostas ao presente contínuo. Ora, neste conclave, a maioria dos participantes mais determinantes não apresenta propostas para tratar os problemas de hoje. Admite até que as guerras e genocídios a que estamos a assistir, em Gaza, na Cisjordânia, no Líbano (António Guterres disse “o inferno está à solta no Líbano”), no Sudão, na Ucrânia se agravem, ampliando sofrimento, miséria, pobreza, eliminação de direitos humanos.»


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