«Não é possível exagerar as consequências da viragem norte-americana. A Guerra Russo-Ucraniana confirmou que a Europa não é capaz de garantir a sua própria segurança sem os Estados Unidos e sem a NATO, e que os Estados europeus continuam a não ser capazes de se unir, se não puderem contar com a direcção estratégica e política do seu aliado indispensável. Por certo, os responsáveis políticos europeus estão há meses a preparar-se para a possibilidade da reeleição de Trump, mas parecem estar tão impreparados como no dia em que começaram a sua preparação. As três principais potências europeias estão divididas, o velho eixo formado por Berlim e Paris deixou de existir e não há sequer uma estratégia comum credível para preencher o vazio que a próxima retirada norte-americana vai deixar na Ucrânia.
Os Estados Unidos deixaram de travar as guerras dos outros – na Europa ou no Médio Oriente. A sua prioridade, numa linha de continuidade essencial, é conter a China e impedir a hegemonia chinesa na Ásia. A Europa e os aliados europeus são relevantes na exacta medida em que puderem contribuir para o objectivo central da estratégia norte-americana.»
Os bons velhos tempos chegaram ao fim.»
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