28.12.24

A fábrica de percepções

 


«Olhando para os números disponíveis, o “peso” dos migrantes é, na pior das hipóteses, negligenciável. É natural que assim seja, a população migrante é, na sua maioria, jovem e saudável.

O governo garante que não comprometerá o atendimento destas pessoas em serviço de urgência, que a proibição será só na atividade programada. Esquece-se que é na atividade programada que se tratam as doenças crónicas e que estas, quando não são tratadas, descompensam em doença aguda, que por sua vez é tratada... na urgência. Portanto, a medida vai agravar o congestionamento nas urgências!

Se estas pessoas não vão ter acesso a um médico de família, seguramente não terão acesso a medicina preventiva, ou seja, vacinas, programas de vigilância de gravidezes, entre outras coisas. Só que estas pessoas, sobretudo estas grávidas e estas crianças, circulam nas nossas cidades e aldeias e convivem connosco. Vão, por exemplo, à escola onde estão os nossos filhos e netos. A pergunta que importa fazer é: quererá alguém que na escola do seu filho estejam meninos e meninas não vacinados para a difteria e a tosse convulsa?»

Vale muito a pena ler o texto de Bruno Maia na íntegra, que está disponível AQUI.

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