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«Não abominem a raiva, porque o respeitinho é muito pior, a falta de higiene mental, de manter a mente ativa, aberta, curiosa, em estado permanente de inquietação, em vez dessa náusea, desse scroll infinito do hipertexto, navegação do tédio de mim mesmo, beco sem saída, insensibilidade perante o mundo, extermínio da alteridade, desse saber sentir-me como um outro, anestesia empoderada das promessas do “eu autêntico” no qual Narciso se afoga, entontecido.
Não abominem a raiva, porque dela brotam as ideias novas, a invenção do que há de vir, o perscrutar nervoso das possibilidades, ainda que incertas, ainda que raras, ainda que improváveis.
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