«1. Make Europe Great Again. Foi o mote para o encontro da extrema-direita europeia, em Madrid. Para os desatentos, uma cópia mal-amanhada do MAGA (Make America Great Again) de Donald Trump. Mal-amanhada porque é uma contradição absurda. Os que juntam a Europa no slogan são os que a querem destruir enquanto união económica, política e social. O comício que juntou líderes como Orbán, Le Pen, Wilders, Salvini, Abascal ou Ventura foi um tributo à insanidade, à mentira, à xenofobia e a teorias da conspiração delirantes. Família, só a “tradicional e normal, com pai, mãe e muitos filhos”, dizia um. Trump é o “companheiro de armas na batalha pelo bem”, dizia outro. Alguns vergastaram os “fascistas liberais” que substituíram a civilização cristã por uma “utopia satânica doentia” e querem “transformar os nossos filhos em aberrações trans”. Uma atacou as políticas de migração dos liberais, socialistas e centro-direita, que “esvaziam os nossos cofres e enchem as nossas prisões”. E finalmente, o que enalteceu a “Reconquista” em curso, a exemplo da que ocorreu em Espanha (Portugal e Ventura contam pouco ou nada) e expulsou os muçulmanos, já lá vão mil anos. No fundo, são os novos cruzados, com a mesma cegueira e violência.
2. Cada um tem a extrema-direita que merece. E em Portugal, pelos vistos, o que merecemos é o Chega. Os nossos cruzados, liderados por Ventura, têm currículo invejável para nos libertar das impurezas. Um rouba malas nos aeroportos, outro paga para ter sexo com adolescentes, um conduz embriagado, há o que bate no árbitro de 18 anos num jogo de futebol de crianças, o que é detido por imigração ilegal, o que não paga as dívidas, o condenado por violência doméstica e o condenado por gamanço em casas e igrejas. E finalmente, como pode ler na sua edição do JN, o que abalroa um adversário político na estrada, o ameaça de morte com uma faca na mão, e lhe destrói o carro à marretada. Gente qualificada para implementar políticas de segurança, ou já agora quaisquer outras. E capazes de fazer Portugal (e a Europa, se for preciso) grande outra vez. Nem que seja à cacetada.»
1 comments:
Nem mais! Se for preciso haver cacetada cá estaremos prontíssimos para isso!
Somos ou não somos, descendentes de bravos guerreiros?
Pois, saibamos fazer jus à sua coragem...
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