«A discussão em torno da apetência de uma significativa parte de governantes e deputados para a criação e participação em empresas do negócio imobiliário e os argumentos que vão sendo expandidos em torno desta controvérsia exigem reflexão.
O primeiro-ministro (PM) meteu-se num atoleiro. Não é vítima de um “caso mediático”, ou de qualquer complô. Não está em causa ter tido uma empresa e, muito menos, o direito a não ter de abandonar “tudo o que foi a minha vida profissional”. Montenegro optou por não esclarecer, nos tempos e espaços devidos, o que devia ter esclarecido e, entretanto, evidenciaram-se expedientes que imporão novos desenvolvimentos políticos, jurídicos e éticos. O desgaste do Governo parece imparável. Também porque vários dos seus elementos estão em situações potencialmente idênticas à do PM. Veremos, este sábado, a decisão que toma e que passos se perspetivam da parte do presidente da República, hoje atascado em incoerências.»
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