«Foi muito mais do que simplicidade e sorriso. Foi coragem. Porque não relativizou o sentido cristão da abertura a todos. Porque recusou veementemente os nacionalismos anti-imigração. Porque sacudiu as consciências de quem fecha as portas aos que não escolheram a sua orientação sexual. Porque recebeu as mães solteiras. Porque ousou denunciar o capitalismo selvagem como agressor do bem comum. Porque afirmou a ecologia e o combate à destruição do Planeta, a nossa “casa comum”, como desígnio de qualquer católico e não-católico. Porque promoveu, na senda de alguns dos seus antecessores, o diálogo inter-religioso como avenida aberta para a paz mundial. Porque combateu o clericalismo como um dos mais sérios cancros da Igreja Católica. Porque não se afundou no ritualismo. Porque abriu as portas a Cardeais de geografias esquecidas. Porque não baixou os braços, nem resignou, quando confrontado com o maior pecado da sua Igreja, a violação de tantos menores. Porque reabilitou alguns dos clérigos que tinham sido rejeitados pela instituição, porque viu o seu valor. Porque não mediu palavras, não teve medo, não falou só para dentro, não nos deixou o conformismo, mas sim a inquietude.»
Daqui.
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