«O XXV Governo Constitucional iniciou funções com a promessa clara de “declarar guerra à burocracia”. Luís Montenegro criou um Ministério da Reforma do Estado sob a sua tutela direta, apostando nas secretarias de estado da Simplificação Administrativa e da Digitalização.
O gesto foi simbólico, mas persiste uma contradição. Os pilares relativos às Pessoas e Estruturas mantêm-se, como habitualmente, na tutela das Finanças, sob a alçada da Secretaria de Estado da Administração Pública. Esta separação entre quem idealiza a reforma e quem a viabiliza, perpetua a lógica compartimentada que se quereria superar. Em vez de unir para transformar, dividiu-se para modernizar com eficácia limitada.
Esta tensão entre ambição reformista e bloqueio orçamental não é nova. No início dos anos 90, no governo de Cavaco Silva, quando estava em curso uma agenda de modernização centrada na qualidade e no serviço ao cidadão, integrando Pessoas, Estruturas, Processos e Tecnologias, acabou por esbarrar na ortodoxia orçamental.»
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