27.7.25

As cinzas de um povo

 


«Pela manhã, acordamos sufocados com os números obscenos dos mortos em Gaza, trazidos pelas notícias. À noite, adormecemos angustiados com a actualização da desumana destruição deste território. Crianças que morrem de fome, que se esvaem nos braços dos pais por falta de água, comida, remédios, socorro humanitário. Estima-se que morram em média 28 crianças por dia, diz-nos o vice-porta-voz da UNICEF. As imagens televisivas reportam-nos o desespero, os escombros, a morte de um povo. É este o dia-a-dia dos palestinianos que choram os seus estropiados, os seus mortos; o desespero de não terem nem comida nem bebida para os seus, que correm risco de vida quando vão em busca de pão ou de água, nos centros de distribuição. Têm de escolher entre morrer de fome, de sede ou de um tiro, um míssil ou uma bomba direccionados à multidão que geme e grita por um precário auxilio alimentar. Gaza é um cemitério ao ar livre com sangue e cinzas dos seus filhos... Entretanto o responsável por esta situação apocalíptica, o primeiro-ministro israelita tenta convencer (se) da justeza, contenção e racionalidade da sua guerra fratricida contra o povo palestiniano, acusando a ONU, centenas de ONG, jornalistas e organizações internacionais, que trabalham heroicamente no terreno, de serem antissemitas. É a defesa de um fraco que sabe que não tem razão, que a verdade cruel e horrenda chegou já à casa de toda a comunidade internacional.»

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