«Há uma dimensão na catástrofe que o ser humano esquece, muito por considerar que a dimensão do horror é irrepetível ou que nada se reitera ao ponto de merecer ser lembrado até ao juízo final da precaução. Como na crítica às aulas de cidadania, há quem prefira que o Estado seja um ser inerte, apenas servil para amparar as ambiguidades dos poderosos e deixar em lume brando quem deve, teme e não tem. As alterações climáticas, os terramotos e apagões acontecem, culpa-se o ozono, o subsolo ou o vizinho espanhol, e tudo segue adiante até à contabilização dos danos. Aí, fazem-se as contas, agitam-se os avisos sobre uma realidade por todos mais do que conhecida e antecipável. E encolhem-se os ombros.
As Nações Unidas reduzem em 25% as suas forças de manutenção de paz por cortes no financiamento dos EUA, que se retiram dos Acordos de Paris enquanto fecham fronteiras e avançam o seu exército para tomar cidades, ao mesmo tempo que consideram um "fardo público a evitar" quem queira entrar no país com doenças crónicas como a diabetes. É uma espécie de "Make America Thin Again" só que com hambúrgueres exclusivos para nativos. Os "Epstein files" são meninos ao lado de tantos tratados públicos de vergonha. A Europa rende-se.»
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