15.1.11

Terá mesmo de ser explicado como a crianças de 4 anos


O PR candidato afirmou ontem que a reforma da «sua senhora» não chega a 800 euros e que esta depende portanto dele.

Vamos a contas, deixando de lado a odiosa mentalidade revelada no tom e no conteúdo do que foi dito.

A dita senhora foi professora desde 1960 e ter-se-á reformado em 1998 – 38 anos de trabalho, portanto. Desses, passou dois em Moçambique (onde leccionou, mas dou de barato que tenham sido perdidas informações) e três em Inglaterra.

Sobram 33, dos quais mais de 20 «como regente da disciplina de Língua Portuguesa na Universidade Católica Portuguesa» e os outros em colégios e liceus de Lisboa.

Descontou mais de três décadas, como professora do secundário e universitária e recebe menos de 800 euros? «Perderam» a reforma de Maria Cavaco Silva, como o esposo afirmou? Absolutamente impensável – digo eu que também tenho uma composição esquisita de actividade na função pública e privada, passando por três anos no estrangeiro, que me reformei pouco depois e que sei como as coisas funcionam (relativamente) bem ali pelas repartições da Estados Unidos da América. Ou não terá descontado??? Como assim?
...
...

4 comments:

Anónimo disse...

Deve ter sido tramoia da D. Maria Mendes Vieira, por não gostar da filha do companheiro.

Míseros professores, coitados, que foram confiando nos bancos, na segurança social, etc etc... Que até pagam mais impostos do que os que deviam.

Anónimo disse...

Na hora, Joana Lopes !

A minha alma também ficou parva ao saber que a pobre da Drª Maria só tinha uma reforma superior à minha em 120 euros (mas eu com 42 anos de carreira contributiva embora obviamente monetáriamente baixa).

Está a fazer muita falta uma indicação de Cavaco para o site da Presidência.

José Costa-Deitado disse...

Estranho. Não é?
Pois com uma carreira idêntica em tempo de descontos, no ensino privado,tenho uma reforma de €787,64 aos quais acrescento €36,00 de ex-bancário.
Triste, mas verdadeiro!
(já agora, nunca votei, nem voto no marido da senhora)

Joana Lopes disse...

Frei Abraan, Então fará o favor de me explicar porque os descontos, no privado, sempre foram percentagens de vencimentos.
Ou ganhava muitíssimo pouco ou não entendo.