(Música de Chico Buarque da Holanda, letra de João Cabral de Melo Neto, 1965)
Em 1966, a peça foi representada em Portugal (Lisboa, Porto e julgo que também Coimbra).
Em Lisboa, sei que foi no Cinema Império(*) - e recordo também a sala apinhada de gente, as longas ovações e uma emoção generalizada.
Aqui fica o tema principal e um magnífico trecho interpretado por Elsa Ramalho e José Dumont.
Esta cova em que estás, com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida
É de bom tamanho, nem largo, nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio
Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida
É uma cova grande p’ra teu pouco defunto
Mas estarás mais ancho que estavas no mundo
É uma cova grande p’ra teu defunto parco
Porém mais que no mundo, te sentirás largo
É uma cova grande p’ra tua carne pouca
Mas a terra dada não se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Filme de Zelito Viana (1977)
Aqui fica o tema principal e um magnífico trecho interpretado por Elsa Ramalho e José Dumont.
Esta cova em que estás, com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida
É de bom tamanho, nem largo, nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio
Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida
É uma cova grande p’ra teu pouco defunto
Mas estarás mais ancho que estavas no mundo
É uma cova grande p’ra teu defunto parco
Porém mais que no mundo, te sentirás largo
É uma cova grande p’ra tua carne pouca
Mas a terra dada não se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Filme de Zelito Viana (1977)
(*) Ver Comentário que pus com uma correcção.
3 comments:
Obrigada a um leitor que, por «mail», corrigiu uma das informações contidas no «post»: o espectáculo, em Lisboa, teve lugar no Teatro Avenida. Certo: passei a visualizar, sem qualquer espécie de dúvida, que foi lá que o vi.
Acontece que encontrei duas referências na Net ao Império. Numa delas, diz-se que houve «um último» espectáculo nesse cinema, anunciado de boca em boca e, apesar disso, repleto. Terá sido uma récita adicional?
Entre as brumas da memória, eu ia jurar que vi o espectáculo no Império...MCM
Que prazer ouvir (re-ouvir) este belo poema-canção. Eu vi no Avenida.
Como gostaria de ser capaz de fazer coisas destas. Obrigada, anyway, Joana.
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