O caso remete para questões de diversa ordem de que vou referir apenas duas. A primeira é de natureza moral (?): parece-me ser extremamente difusa, em certas circunstâncias, a linha que separa o acto de honesta disponibilidade para dar um contributo na prossecução de uma tarefa importante de âmbito público, do acto de oportunismo político de aproximação e cumplicidade com o poder vigente na ocasião, com o fim de arrecadar dividendos.
A segunda questão respeita à rigidez que caracteriza a cultura de partido. Eventualmente, aquilo que em termos genéricos e abstractos é normalmente referido como a “crise da democracia representativa” é – não só mas também – a expressão de um conjunto de crises específicas, nomeadamente a do modelo "partido". (Porque é que um determinado partido não há-de poder emprestar a outros, quadros seus? Nos clubes de futebol empresta-se mutuamente jogadores ... – estou a brincar).
1 comments:
Bom dia Joana
O caso remete para questões de diversa ordem de que vou referir apenas duas. A primeira é de natureza moral (?): parece-me ser extremamente difusa, em certas circunstâncias, a linha que separa o acto de honesta disponibilidade para dar um contributo na prossecução de uma tarefa importante de âmbito público, do acto de oportunismo político de aproximação e cumplicidade com o poder vigente na ocasião, com o fim de arrecadar dividendos.
A segunda questão respeita à rigidez que caracteriza a cultura de partido. Eventualmente, aquilo que em termos genéricos e abstractos é normalmente referido como a “crise da democracia representativa” é – não só mas também – a expressão de um conjunto de crises específicas, nomeadamente a do modelo "partido". (Porque é que um determinado partido não há-de poder emprestar a outros, quadros seus? Nos clubes de futebol empresta-se mutuamente jogadores ... – estou a brincar).
nelson anjos
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